"Meus queridos e minhas queridas: Bem vindos ao blog
do meu livro de crônicas que será lançado em abril de 2012! Isso mesmo: tudo que fiz, faço e farei pela vida adentro, vida afora: minhas memórias, viagens, saberes, lembranças...tudo que vale a pena quando se tem uma vida que não é pequena! Fique comigo nessa minha nova grande e animadora aventura. beijos da Alzira Mourão, a Alzirinha!"


domingo, 6 de novembro de 2011

Histórias de Vitrolas....

Ontem, sexta, passei o fim da tarde conversando com a Luciana, minha redatora. Ela ficou muito surpresa pois na semana passada eu escrevi mais de doze páginas de caderno sobre meus pais, frente e verso. Achei uma graça a surpresa: eu já não havia falado que sempre pensei em escrever um livro, que ele está todo na minha cabeça? essa juventude é mesmo desmemoriada...!!!!!

Então, conversamos, conversamos e acabei por contar uma história que ela se divertiu muito, vou contar de novo só para dar um gostinho: eu sempre, desde muito jovem, amei música clássica, havia uma associação cultural em Paraíba do Sul, lá cantávamos, tinha também uma minha prima que foi morar conosco e ficou dois anos tocando e estudando piano em minha casa...eu tive um convívio muito intenso com a música clássica desde muito jovem.

Mas quando eu já morava em Niteroi, tempos depois, meus vizinhos eram russos e fizemos, com o tempo, muita amizade. Minha amiga russa se chamava Alexandrina e eu subia ao apartamento dela para ouvir seus discos e acompanha-la ao piano...eu cantarolava tanto e tenho a voz de soprano, muito boa minha voz, é só treinar que volta...mas... o tempo passava, eu cantava cada vez melhor óperas, operetas: adoro La Bohème de Puccini e a Traviata de Verdi... minha cantora de ópera favorita se chamava Renata Tebaldi, minha paixão, ela era a grande concorrente da Maria Callas, outra cantora que eu aprecio muito também...assim: eu subia ao apartamento da minha amiga russa Alexandrina e acompanhava as cantoras da época...eu sempre cantei e nunca fiz mal a ninguém!!!! Todos deviam cantar não é mesmo?

Nessa época, no apartamento de Alexandrina- minha amiga russa que era alta, uma mulher muito grande, a pela muito clara, muito alva, olhos azuis e cabelos enrolados com cachos como de anjos- eu cantava tão bem enquanto ela tocava piano, que todos no prédio e que estavam na calçada ouviam e se perguntavam carinhosamente:

- Quem está cantando: é a Alzirinha ou é a vitrola?


Um comentário:

  1. nilcesignori @gmail.com6 de novembro de 2011 às 08:19

    Alzirinha, adorei ler seus escritos . bjs no seu coração

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